domingo, 28 de dezembro de 2008

Apelos


Teus Dedos em Mim
Desse profano escorrer de cios
mergulhas os dedos cruéis
em fantasias de Priapo
Gemidos ecoam no ar
Na pele a gotejar
de salgados e calafrios...
Parecem mares em desvarios
Quebram sem tino
encontram-se em ninhos
E, dos pêlos, ainda molhados,
voam-se gritos embaralhados e
Prazeres infindos
de teus dedos a me tocarem...

domingo, 9 de novembro de 2008

AÇUDE


AÇUDE== Bárbara PÉREZ



DESSAS ÁGUAS FRESCAS BEBEREI
NO POTE DE TUA BOCA
DOCE MERGULHO NOS
TEUS LÁBIOS HÚMIDOS ÁGUAS VOLÚVEIS;
ÁGUAS DOCES SUGAREI,
COLHENDO TEUS LÁBIOS CARNUDOS
MOLHANDO DE MELAÇO
O REGAÇO DE MINHA"ALMA.


SENTIR-TE-EIS MOLHADO,
DEVASSO E PROFANO,
ASSIM MERGULHADO

NA ÁGUA VIRGINAL
E GOZAR DE SABOR NAS ÁGUAS CRISTALINAS
MOLHANDO TODO O MEU ALVOROÇO,
E SEREMOS DENTRO DA NOITE
UM SÓ AÇUDE DÀGUAS VIRGINAIS
ATÉ ROMPER O VEÚ LÚBRICO
A ENTRADA DO AMOR.


EXTRAÍDO DO LIVRO: "MULHER" EDIÇÃO 2003

sábado, 8 de novembro de 2008


A posse==Bárbara Perez

Quero suas ancas encaixadas me mim
Segurando meu galope selvagem
Quero que me faça sentir sua.
Quero me afogar no seu cio humedecido.
Perder-me nessas águas dóceis
Que deslizam acalentes
Sentir a excitação de sua boca
Engolindo minha boca
Envolver-me toda na tua carne afoita
Subir tua boca feroz engolindo
Minha pele amolecida de prazer
Sentir sua cavalgada no seu galope.
Quero ouvir
Sua respiração ofegante
Seu suor morno dominando meus pelos
Seu cheiro macho em meu corpo
A me excitar
Sentir seu orgasmo
Acelerando o meu.
Quero seu corpo dormente
Penetrado em mim
despejando suor e seixal
No meu prazer editado por ti
Toda noite é eterna
Quando tomo posse de ti
E sinto teu corpo cansado e acalmado
Quando estamos desvairados...
Quando estamos excitados

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

FAZ AMOR


FAZ AMOR== Bárbara Perez

Faz amor comigo
Não importa aonde seja
O que prevalece é o desejo
Que em furor ira fluir
Vem para perto sem aviso
Toma-me de surpresa
Sedenta espera por ti
Devora-me e me deseja
Aguça em mim os sentidos
Toma-me de forma Calei ente
Remexe os meus cabelos
Despindo me joga na cama
Em volúpia me faz delirar
Como se eu fosse a primeira
Sem temer me desvenda
Entrega-se de vez aos carinhos
FaçA sentir que sou sua
Degenera aflora a sensualidade
Torna uma noite de amor
Em uma vida eterna.

O tempo


O tempo= Bárbara Pérez

Meus olhos tocam na profundidade
Do meu eu...
Vejo-me perplexa, abatida, sem asas, sem voo...
Sinto um calafrio na espinha que rompe
E consome os meus dias indo embora
Feito águas desaguando, pequenas e perdidas, no oceano
Resta-me o som do violino
Tocando lá longe
Pelo menino aprendiz
Ouço as notas tristes
Uma lágrima cortante desce rolando ate a alma
E vejo-me só, abatida, sinto a embriaguez do tempo
Domar minha linda juventude
A qual persistida de amores clandestinos
Acudia da solidão e me fazia rir...
Meus olhos agora
Tocam no abismo
Dentro de mim
Vejo-me pequena, perdida
Mas a nota do violino anuncia
Que ainda existe vida... Ainda existe cor e lágrima
O prelúdio de um novo amanhecer...

Dever


Doloroso dever= Bárbara Perez

Anuncia por favor
Que tal dia numa derradeira hora
Eu morri...
Que ninguém mais vai me falar
Nem ao menos me ouvir.
Nada de choros, risos
Não quero lamentos,nem questionarão

Avise os amigos mais chegados
Aos parentes queridos
Mas por favor
Coloque um aviso bem diferente
Aos companheiros de poesias e provas
As amigas intimas, e parceiras de vinhos
-- mas fale de forma justa:
“A poetisa morreu.”

Digas que não houve causas mortes
Nenhum diagnostico técnico foi feito
Portanto ser natural, sem dramatizar...

Não quero choros, nem risos
Apenas muitas cores e batons coloridos
Na minha boca que requer um símbolo
Diferente, que disfarce qualquer tristeza

A todos que perguntarem a causa
Disfarce...ou ria
Que apenas não sabe ao certo

Se, no entanto, ao todo for impossível
De forma bem discreta
Digas que morri de amor
... que estou morta de paixão
Assim morre os poetas.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sabor

SABOR= Bárbara Perez

GOSTO DE TUDO!
Por si só, como comida
Não sugere seu sabor.
Para mim que desfruto
de sua forma, sua cor
e com mão saliente
sinto a polpa aveluda
não penso no gosto diante
da penugem de tons rosa
De repente, perplexo
vejo um ventre de mulher
sua vulva, o morno sexo
que está a se oferecer
O pêlo da pele beijo
mordo a carne suculenta
se me acende um desejo
que não se sacia
A fome da minha língua
agora está saciada
Saboreio seus pêlos eriçados
A fruta que desgutada
suaviza o desejo devoto e
a do desejo não míngua
tem que ser adiada

RAÇA


RAÇA


Somos descendentes do espaço cósmico.

Origem fecunda da entranha
Do encontro do raio com o trovão
E a fertilização vem da semente caída
Na gota de chuva quente de verão,
E penetra no orgasmo nas noites de lua cheia
E dá-se o processo, quando a terra treme
Pelo trovão e o clarão do raio fulminante,
Aí germina a fecundação da menina mulher
Que tem o poder de domar
O paraíso afoito e inclinar com fervor a humanidade.
De dentro do útero,
Lua cheia, ela se forma:
Membros, carnes, coração e alma,
Com tanto poder de inspiração, mesmo de dentro
Do aconchego maternal...
Sente o cheiro das diversas flores,
O gosto dos frutos apetitosos,
Vence a fúria do mar bravo,
Senti na entranhas o gosto e sabor de fêmea
Produzido nas núpcias de todas as noites
Quando chega ao gozo fantástico,
Senti o cheiro macho
Quando este aos uivos de cão no cio
Devaneia-se no orgasmo delicioso
Rega a sua fêmea como flor pálida
E carente de chuva de líquidos preciosos
Formados pelo organismo do homem.
Ali dentro do útero-lua cheia,
Ela sente a perspicácia
De que tem o poder de domar as feras planetárias
E de possuir todas as belezas deste paraíso,
Vencendo fúrias da sobrevivência no seu habitar,
Que ousamos á crer ser a passagem para a evolução humana.
Ela de dentro do útero mãe lua cheia
Na tempestade de verão germinando no organismo mulher
Convicta de todas as derrotas, de traições, de falsidades
E hipocrisias e vê do aconchego quente protegido pelo liquido Amniótico que e nada mais que são partículas vivas,
Do estouro de trovão e raio penetrado
Na entranhas do organismo fêmeo:
Vê todas as possibilidades de lutar
Contra todo esse processo de derrotas
E vencer o paraíso; que lhe foi concedido.
E no momento que rompe esse útero lua cheia
E derrama todos os líquidos preciosos na natureza
A terra e mãe superior e vem no estrondo do trovão e raios,
O choro da fera e raça
A mão afável caricia a outra mulher guerreira,
Guerreira no paraíso.
Que, não e tão paraíso, mas afronta com malícia e amor a luta perspicaz de ser gente, de ser humana, de ser fera!
De ser uma grande mulher!
De ser uma raça fecunda, desde planeta expiatório.

DOMA-ME!


Faz amor comigo
Não importa aonde seja
O que prevalece é o desejo
Que em furor ira fluir
Vem para perto sem aviso
Toma-me de surpresa
Sedento espera por ti
Devora-me e me deseja
Aguça em mim os sentidos
Toma-me de forma Cali ente
Remexe os meus cabelos
Despindo me joga na cama
Em volúpia me faz delirar
Como se eu fosse a primeira
Sem temer me desvenda
Entrega-se de vez aos carinhos
Faça-me sentir que sou sua
Degenera aflora a sensualidade
Torna uma noite de amor
Em uma vida eterna.

Bárbara Perez

GOSTO DE TUDO!


GOSTO DE TUDO!
Por si só, como comida
Não sugere seu sabor.
Para mim que desfruto
de sua forma, sua cor
e com mão saliente
sinto a polpa aveluda
não penso no gosto diante
da penugem de tons rosa
De repente, perplexo
vejo um ventre de mulher
sua vulva, o morno sexo
que está a se oferecer
O pêlo da pele beijo
mordo a carne suculenta
se me acende um desejo
que não se sacia
A fome da minha língua
agora está saciada
a do desejo não míngua
tem que ser adiada

Bárbara Perez

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

POSSE



POSSE
Olho... nos teus olhos
ávidos de sensações...
de prazeres...
Meu corpo está nu,
aberto
sem falsos pudores
nem máscaras...
Espera por ti!
desesperado...meu corpo...
anseia..deseja...
pelas tuas caricias..
pelas tuas mãos
pelos teus dedos
Sinto o cheiro quente do teu desejo
A tua boca na minha ...se perde
O nossos corpos dançam...
num ritmo frenético
nunca ensaiado...
Envolvem - se...
numa dança sem fim...

Tão lascivo e intenso
é este momento,
em que invades meu corpo
com toques de dedos,
música, perfume ...
E vens, e tomas e bebes
enlaças minhas coxas,
e fendes, e dás, e tiras...
E antes... antes que desfaleça
em êxtase, luxúria,
desço entre as tuas pernas;
Desejo ter-te...
gozar um prazer, húmido,
que nada se lhe iguala.
Abraço-te, movimento-me
abro minha boca,
minha língua procura-te...
Com vontade, sem pressas,
Mas na emergência do querer...
quero sentir-te crescer,
quero provar o sabor,
de ser preenchido por ti.

terça-feira, 28 de outubro de 2008








Boneca de pano=BÁRBARA Perez

É sofrida e abandonada
tem nos olhos as cores tristes
preto-azul...tristonhos
envelhecidos
retalhos de pano
são restos de tecidos
e de retalho em retalho
formou o seu corpo colorido
porém triste
bruxinha esquecida
amassada e perdida
no baú do sótão empoeirado...


boneca de pano
soluça sozinha,no abandono
e solidâo
apavora quando alguém á toca
e no desespero...
dos olhinhos de cores variadas
as mâos a abandona
e ali no châo empoeirado
a boneca estirada sente
a tristeza do silencio...


boneca de pano!
triste e sem cor
mergulha nas traças e teias
entremeio a poeira
e vem todo o silencio e abandono
não chora...nâo tem cordas...
e nâo tem pilhas;

boneca de pano
retalhos coloridos
e sobras de tecidos
formou alguém
sem coraçaõ e sem alma...
de tranças negras caídas nos ombros
á disfarçar a pobreza
cobrindo o corpo colorido
no vestidinho chitado de flores secas
secas como a solidâo
triste como o abandono

boneca de pano
sobras de tecidos
retalhos!
porém sem coraçâo e sem alma
deseja tanto ser acariciada
e ser amada

CAÇADORA


Caçadora=Bárbara Perez


Quando estás deitado em minha cama
Arrepios percorrem-me, vibro inteira.
Um uivo rompe ecoando nas fronteiras
Esqueço que sou recatada, uma dama.
E sem mais, jogo a vergonha na lama.
Que importa os comentários alheios
Sou mulher normal a saciar os anseios
Rasgo o peito e libero a fera caçadora
E no boca a boca esta louca predadora
Absorve teu néctar, feliz aos enleios!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008


Bebo
o vinho
na tua boca
Bebes
o vinho
no meu umbigo
Delicio o sabor
Do gosto do vinho
E da sua saliva ardente
Saliente
Passeando na pele eriçada
Formando um rio de suor
Que desliza pelo umbigo
Mais que fantasia...
passamos horas
nessa brincadeira louca
Delírios do prazer
de estar contigo
Trilhas
de cerejas
E vinhos
Misturando ao suor
A dor do prazer
Em nossos corpos
Alimentos
degustados
pouco a pouco
Sinto tua fome de carne
De cio
sinto tua sede
E me alucino...
Somos cálice
Somos vinho
Somos fruta
E iguarias
E depois desse passeio
No cio
Somos loucos
De paixão

Bárbara Perez

Valores (minha alma cigana)


No máximo uma paixão
Um caso sério que alastra no tempo
Um vendaval forte e ligeiro
Uma paixão bandida ao meu alcance

No máximo entre teoria praticar teu desejo
Uma ilusão de noite perversa
Uma paixão sem sobrenome
Uma promessa bandida de homem vadio

Máximo ofereço
minha cama e orgia
na calada noite
No teu corpo quente e latejante
Uma rosa e uma poesia
na manha quando acordas em mim.

Mas de existir um dia
Que possa me lambuzar nesse gozo
E o máximo seria...
No mímico o céu

Então eu não sofreria desse mal
sem cura, que consone minha entranha pervertida
Á TI
E tornaria todas as fantasias
Em uma fantasia
Ofertaria pra Isaque

Bárbara Perez

Marataizes,17-08-07

SE HÁ DE SER QUE SEJAS CURADO


Se hás de me querer
Há de ser como eu sou
Pobre e insana,
Amante e poetisa,
Perdida e imprevista na chegada
Além de imprevisível na partida.

Há que nascer na carne um desejo
e no peito uma paixão avassaladora.
Há que rir pelo corpo um prazer
Enquanto a carne sentirá a dor da mordida.

Se hás de me amar
Há de ser sem mistérios:
Lúcido e louco,
Perdido e perfeito
Devasso e puro
Feroz e saliente na procura
Além do prazer total na entrega
Além de dolorosa a partida.

Há que nos pelos deixar rios de suor
E nos ouvidos as palavras doces e indecentes
Há de te tornar inspiração
Enquanto tuas mãos me roçarão os pelos.

Se há de nascer na noite
Um sabor de pecado
De juras secretas e ousadas
Há de se sempre (o criador) de mim
Quando me fez mulher
Pois sou o paladar aguçado
De amante mulher
Acurada (criatura)por ti

Se há, enfim, de ser
Que seja agora
Ou nos cale para sempre

BARBARA PEREZ

domingo, 26 de outubro de 2008

A POETISA & O LOBO


POETISA E O LOBO

O LOBO: --- Me faça um poema, poetisa, porque eu sou um homem solitário e saliente.
Posso emanar a paixão que a natureza contém.
Minha pureza de homem assegura fluída do bem
Posso lhe dar o acalento
Da cantiga de ninar no colo de menina-mulher,
Mas ousar-me na noite do canto das virgens castas...


A POETISA: --- Mas meus poemas não são tantos pra essa pureza que me conta,
Nem si quer pra essa saliência que expõe.

O LOBO: ---- Me oferte um poema, poetisa,
Visto que sou tão vadio.
Posso inventar a orgia
E fazer... E acontecer.

Minha vivência irradia
O doce néctar do prazer
Pelo que se brigam e cobiçam as mulheres
Posso lhe dar...

A POETISA: ---- Mas meus poemas só inspiram se a paixão brotar.

O LOBO: ---Meu coração súplica esses poemas, que culpa
Padece esse órgão humano se a carne vadia implora a vadiagem?


A VIDA: ---- Me invente um poema, poetisa,
Pois sou eu quem faz a historia.
Posso dispor de sua vida,
Cobrir seu nome de glória...
Minha nobreza é incontida,
Crio a derrota e a vitória.
Posso cobrir de ouro
O homem, o rico, o país...

A POETISA: --- Mas meu poema não tem dono
A não ser o meu coração.

Bárbara Perez

Esse poema faz parte da colectânea poetas e lobos

BIOGRÁFIA


CIGANA





Aúdaciosa e persistente,



Que acredita no potencial do ser humano,

Em qualquer circunstancia;

Acredita ter uma profunda afinidade MÍSTICA

Com a ave da mitologia egípcia chamada Phoenix,

Com similitude a ela

Renasce das próprias cinzas voa p /o mundo poético.

Desvendando os mistérios dos LOBAS.

Acredito na paixão pela obsseçâo dessenferada

Que me leva ao fundo do poço,

Mas me manter viva e de pé,

Pois essa loucura do homem amante

Que me faz viajar pelos devaneios de todas as loucuras,

Uma mulher só se realiza completamente

Quando deixa fluir todos os desejos aflorar a s carnes

E conhecer o corpo fêmeo de outra fêmea

Saciada pelo seu homem,

E capaz de te levar as mais obsenas loucuras

E conhecer o verdadeiro prazer da mulher fêmea

E liberta de todos os preconceitos condicionados,

Essa ventura é simplesmente o gozo total

De toda fêmea
liberta dos desejos aflorados

Da mais rica intensidade que o macho colhe

E saboreá na
plenitude do auge mascúlo...

MEU homem é soberano!
Único !


ETERNAMENTE ISAQUE!

BÁRBARA Perez

Meu próximo livro: Loba
edição 2009

Coletanêa : Poetas & Lobos edição 2009
CAPA :TRABALHO ARTISTICO AUBER JUNIOR

Trabalhos poéticos já em andamentos: ALMA CIGANA

O NÔMADE

trabalho poético realizado em acampamentos com o povo abençoado cigano















REFÚGIO


Refúgio

Busco na tua pele
O cheiro do prazer
Envolvendo na carne
O gosto saciado Sonhos...
O refúgio da solidão
E testemunho da busca
Entremeio a saudade
Saudade morta de esperar
Esperar este homem
Esta boca bêbada do prazer
Fazendo coquetel de sonhos
É caipirinha de desejos Bêbada...bebida...louka!
Tomando posse do homem
Do corpo Bebendo na tua boca
Toda insanidade
Nas misturas de salivas
Entre lençóis amassados,
O meu corpo
Reflecte no espelho a ânsia,
Da espera

Do teu corpo lubrificado de desejo
O refúgio De nos dois
Na entranha do amor saliente!


BÁRBARA PEREZ

Escrevo


ESCREVO ESCREVO SONHO,
FUGINDO DA REALIDADE
E FAÇO REALIDADE VIRAR SONHO...
SE DE SONHO É MELHOR VIVER,
ESSE VIVER QUE É TAO AMARGO!
ESCREVO MULHER, EROTISMO E POESIA; PROFANO
E SAGRADO
SE TODAS UNIDAS,
MISTIFICADAS, MANCHADAS, ESQUECIDAS OU LUXUOSAS TORNAM-SE CANÇÃO DO AMOR E CANTIGAS DE POETAS APAIXONADOS
NÃO CONSIGO ,
NEM EM MIRAGEM,

DESCREVER A POETISA
SOFRENDO DE AMOR

SE PENSA FINGINDO,

OU SE FINGE PENSANDO...
DISFARÇA A TRISTEZA

COBRINDO A BOCA COM O BATON VERMELHO
BOCA TALHADA
ENQUANTO O CORAÇÂO ESTÁ DE LUTO
E ROXO,
SORRIR DISFARÇANDO A DOR,
ENGANANDO A LÁGRIMA ENCENADA
QUE SAÍ DÀLMA
E REPOUSA NO PENSAR,
SECRETO...
E DESLIZA SEMPRE DA HUMILHAÇÃO
MAIS COVARDE,
E SORRIR
ENGANANDO
A SOCIEDADE.
DESCREVER A POETISA... MISSÂO DIFÍCIL,
SE DENTRO DA LUCIDEZ
VIVE SUA INSANIDADE
E
DENTRO DA LOUCURA PROCURA
A LUCIDEZ
E MORRE
A CADA INSTANTE

DE PAIXÃO PAIXÃO
DE AMOR E LOUCURAS!!

essa poesia e minha favorita narra a loucura e insanidade da poetisa
" vivo minha insanidade, porque o mundo que vivo não merece minha lucidez"
Bárbara Perez

DEDUÇAÕ


DEDUÇÃO



Hei,

se minha poesia é escroto-poética




poética em sua existência e essência...




Hei,

minha poesia



pode ser maliciosa, atrevida e possuída de vadiagem



em seu conteúdo...


ou,

ás vezes agressiva, Irreverente, insano

em sua forma de existir



Hei,


mas, no mínimo,


capaz de seduzir

e de envolver... Em sua total plenitude!

Bárbara Perez

MULHER






mulher

Baila rindo
no cálice de whisky
Mulher atrevida , sensual;
Rasgando os panos da carne trepida
Despindo pouco á pouco
Até mostrar-se bela Nua e exótica.
Mulher!
Toca-se íntima á sos
Á olhar no espelho grotesco,
E invejoso Reflectida,
Sorrir faceira
És uma borboleta colorida
Inundando de cores o sol morno,
Ou o luar vadio e Inebriado,
Assim insano domado...

Oh homem perverso!
Invade os olhos obcecados
Pelo desejo de possui-la
É nessa gula farta a possuo:mulher!
Você dança nos meus olhos
Vermelhos e inebriados

E a consumo No cálice de whisky
Saboreando cada gole,
E a saboreio Sugando toda nudez e beleza
Até dominar-me embriagado
Pelo vicio por você
Mulher cobiçada...
E assim bêbado de whisky
E por você Dançantes no gosto
E no possuir...
Em êxtases, Me fazem juntos
Mergulhar na amarga dose:
Bebida e mulher
Whisky e possuiçâo

E o bêbado de amor
E perdição
Toca selvagem
A mulher atrevida
Que rir debochada
Até conduzi-la
Ao ceú do prazer insano e mútuo

Mulher! Bebo-a Todas as noites,
No mesmo cálice
No mesmo whisky
E no mesmo bar!

Bárbara Perez

HOMEM



HOMEM

aliso os cabelos rebeldes
do homem

toco o peito nu,
assim escondido debaixo do pano
protegendo esse ninho sexo
forrado e sombrio...
ah!! esses botoês...
devasso tudo,
então meus olhos famintos
ficam vivos e alteram a cor
antes afago pensava ser domínio,
e prazer ser prostituição
e essas aqui são minhas mâos,
tocam-no
e são essas as suas firmes e seguras
porém minhas mâos
buscam impor ,
desnorteadas
todo conhecimento do jorro viril
do seu íntimo o gosto perfumado
que retém
nossas línguas afoitas
é engano insano
é não despeito

seus olhos chispastes
podem retalhar minha pele bárbara
e forçar toda lei do prazer insano.
e você vadia pelas águas nocturnas,
gato esperto no piar da coruja,

foges como a lua fac eira
porém o meu e o nosso sono profundo
altera seus sentimentos de homem

e devo obediência á meu homem
obediência supera insensatez
nudez escondida
altera nossas emoções.
vamos comandar nosso duplo
renascer
renascer!
o mesmo homem insano
sustenta meu corpo, outra vez...
poemas sem nexos

sentimento sem existir
pois sentir é consentir
o amar e desarmar;
trocar carícias e olhares
corpo estúpido , afoito e renascer...
senti e escrevi
ouvi e vivi
cada cena em cada trecho
descompassado e
escrevi
em referência
a minha consciência
em adultério á um homem...
" a verdade que assombra
o descanso que condena
a estupidez que detrói
o adultério que comove
eu vejo tudo, tudo que se foi
e não mais existe"

á natureza e o homem!
condenados pela própria DESTRUIÇÃO
BÁRBARA PEREZ

CIGANA


CIGANA

ME VEJO BAILA

CIGANA



ME VEJO BAILANDO
ENTRE PANOS
VERMELHOS TRANSPARENTES
SEDUZINDO OS OLHOS GITANOS
QUE ME COLHE
NO CIO DA FLOR ENBRIAGADA


ME VEJO ENTRILHADA
PELO CAMINHO SEM VOLTA
NA POEIRA DO ESTRADÃO
OUÇO OS TROPEUS
DOS CAVALOS FELIZES
NA MELODIA DA NATUREZA
QUE SABOREIA AS CORES FUGAZES
MISTURANDO CORES,
PAIXAO E SUTILEZA
DAS CIGANETES QUE DOMINA
OS CORPOS DORMENTES
E SEM VOLTA NOS LEVA
Á PARAISO MÍSTICO
NO VENTRE DA MAE-CIGANA
DE ONDE A ALMA SE ACOMODA
E NAO QUER MAIS VOLTAR

ME VEJO NESSE VENTRE
ME POSSUO NESSA TRILHA
SEDUZIDA MINHA ALMA
MESMA CALEJADA
MAS IMPLORADA AO POVO
QUE ME COBIÇAS

VIVER DESSE BAILAR
DE CORES E PAIXÃO...
NBABBBDO
ENBATRE PANOS VERMELHOS TRANSPARENTES
SEDUZINDO OS OLHOS GITANOS
QUE ME COLHE
NO CIO DA FLOR ENBRIAGADA


ME VEJO ENTRILHADA
PELO CAMINHO SEM VOLTA
NA POEIRA DO ESTRADÃO
OUÇO OS TROPEUS
DOS CAVALOS FELIZES
NA MELODIA DA NATUREZA
QUE SABOREIA AS CORES FUGAZES
MISTURANDO CORES,
PAIXAO E SUTILEZA
DAS CIGANETES QUE APODERA
OS CORPOS DORMENTES
E SEM VOLTA NOS LEVA
Á UM PARAISO MÍSTICO
NO VENTRE DA MAE-CIGANA
DE ONDE A ALMA SE ACOMODA
E NAO QUER MAIS VOLTAR

ME VEJO NESSE VENTRE
ME POSSUO NESSA TRILHA
SEDUZIDA MINHA ALMA
MESMA CALEJADA
MAS IMPLORADA AO POVO
QUE ME COBIÇAS

VIVER DESSE BAILAR DE
CORES E PAIXÃO...

AÇUDE



DESSAS ÁGUAS FRESCAS BEBEREI
NO POTE DE TUA BOCA
DOCE MERGULHO NOS TEUS
LÁBIOS HÚMIDOS ÁGUAS VOLÚVEIS;
ÁGUAS DOCES SUGAREI,
COLHENDO TEUS LÁBIOS CARNUDOS
MOLHANDO DE MELAÇO
O REGAÇO DE MINHA"ALMA.




SENTIR-TE-EIS MOLHADO,
DEVASSO E PROFANO,
ASSIM MERGULHADO
NA ÁGUA VIRGINAL
E GOZAR DE SABOR
NAS ÁGUAS CRISTALINAS
MOLHANDO TODO O MEU ALVOROÇO,
E SEREMOS DENTRO DA NOITE
UM SÓ AÇUDE DÀGUAS VIRGINAIS
ATÉ ROMPER O VEÚ LÚBRICO
A ENTRADA DO AMOR.


EXTRAÍDO DO LIVRO:
"MULHER" EDIÇÃO 2003

METAMORFOSE
DESLIZA AS ROUPAGENS MÍSTICAS...
E A PELE VAI SE DESPINDO AOS POUCOS
DESFAZENDO CADA PEDAÇO DE PANOS E CARNES, SINTONIA FEROZ,
SINCRONIZANDO OS RETALHOS
E AMONTOA PEDAÇOS DE PANOS E PEDAÇOS DE CARNES; SÃO PEDAÇOS DE ALMAS SÃO CORPOS DES PEDAÇADOS CONCRETIZANDO O SISTEMA DA METAMORFOSE
RETÉM OS LIMITES PELES NUAS,
PARTÍCULAS DE CORAÇÕES
MINIATURAS DE GERMES,
NO OPOSTO SENTINDO
DE BORBOLETAS AFOITAS,
SÃO ASAS COLORIDAS,
ÉSPECIES EM EXTINÇÃO
TORNAM-SE UM SER ÚNICO

PARTÍCULAS DE CARNES, GERMES,
E DORES
METAMORFOSEANDO...
NU SEM PECADO CARNE
SEM PRECONCEITO

ENCONTRO CORAÇÃO
E DESEJO
CORPO E ALMA
A METAMORFOSE DE NOS DOIS
SERES EXTINTOS DA CASTIDADE
EU E VOCÊ
MULHER & HOMEM

ESSA POEMA ESTA NO MEU LIVRO:
MULHER EDITADO EM JS.DO CALÇADO ,
PELA ACADEMIA CALÇADENSE DE LETRAS.

COLCHA DE RETALHOS


Colcha de retalhos

-VÓ, eu ficava a te olhar noite adentro,
e via teus olhos tristes,
teu semblante perdido nas horas noturnas,
enquanto você emendava os retalhos coloridos,
Ouvia, o barulho da velha maquina de costura
misturando com teu suspiro
e com tua lágrima sozinha
rolando pela face tremula e assim,
VÓ, os retalhos coloridos iam se juntando ao serem emendados!
-VÓ, você terminou a colcha?
-Neto, filho mais que o filho,
carne da minha carne,
hoje tão feliz lhe respondo: a colcha esta pronta!!
Os retalhos coloridos foram emendados.
-Cada retalho representa um pedaço de mim
e costurando-os, formou a minha vida!
Vê se essa cinza pálida, sozinho,
e a tristeza de meus dias,
indo embora no entardecer solitário...
A garça triste sem os filhotes.
Ah! Tem esse vermelho desabrochaste representa os bailes,
os meus bailes e de belos cavalheiros,
como a musica que da renovação ao viver!
E lindos namoros na persistência de sair de solidão inconstante.
Tem esse roxo, e tão amargo vê-lo,
como a dor da perda de pessoas queridas,
o luto que passei obrigatoriamente,
e não quis vivencia.
Apenas deixei passar, seria melhor!
E depois foram lágrimas de tanta dor,
como navalhas cortantes invadindo a alma,
sangrando o coração de filha amada...
O retalho preto e aqueles dias negros,
amargos e sofridos, onde faltava grana,
faltava à esperança de sobreviver às tempestades,
e às vezes a moral da alma que e cobrada,
sofrida, no intimo de si próprio,
pela vida e sua sociedade condicionada,
nas escaladas de degraus de nossas vidas.
A cor metálica representa o brilho das noites de glamour.
O amarelo é o sol que sempre nos brilhou,
o verde e a esperança tingida nesse tom que conforta
e o azul é a garra, a determinação de alcançar um lugar ao sol,
de brilhar no trilho da escalada!
E viver por sonhar!
Pois meu neto, enquanto sonhamos e
acreditamos nos resta a vida de presente de Deus!
Correr pela selva humana, ser fera!
Ser loba e sobreviver!
O retalho branco e o anjo que vinha sorrateiro
com asas e plumas abanar
e sorrir nas minhas horas de solidão e agonia.
Meu neto as lágrimas foram tantas
e as dores desafios, o tempo foi exemplo,
na virtuosa insinuação da vida.
-Meu neto você tão pequeno, entende de retalhos emendados?
Você entende de representações de vida?
Você entende de colcha de retalhos?
-Quem sabe minha avó,
eu entendo de vida e de tudo um pouquinho.
Apenas quero entender porque
você agora sorri com essa linda colcha de retalhos,
depois de costurada.
-Meu neto, juntando todos os retalhos,
sobras de tecidos de todas as cores foi formando a colcha,
foi juntando pedaços de vida.
A minha vida!
São cores bonitas e feias
Alegres e tristes
A colcha subia e descia, no costurar.
Como a vida da gente
Nas tuas mãos pequenas
E a deposito como presente de vida!
Colcha tem erros que consertamos
E da certo,
Mas na vida, nem sempre há remendos, e nem sempre há conserto...
Junto {a colcha de retalhos}
Que lhe entrego
O meu perdão
Pela minha vida!


Carinhosamente EDUARDO PERES ALMEIDA SILVA

PAIXÃO


PAIXÃO

Que chegue forte, ardente.
Louca, inconsequente.
Daquelas que entra no coração
E nos tira do chão
Uma paixão que me conduza
Ao extremo da felicidade
Procuro uma paixão
Daquelas que
faz o corpo tremer
A pele arrepiar os desejos saltar
Procuro uma paixão assim
Toda pra mim
Quero sentir o prazer de viver
Uma paixão avassaladora
Que me leve a total loucura
Que preencha o meu ser
Procuro uma paixão
Não precisa ser eterna
Mais que me leve à eternidade
E que quando acabar
Deixe uma linda saudade

BÁRBARA PEREZ

sábado, 25 de outubro de 2008


É SOLTA
Canta
Avança
sobre estradas empoeiradas
sob corpos
o desejo selvagem
no perfume exótico
sou livre
sou solta
rodopio
voo sobre o campo
molhado de sereno

sem apego

sem descrença
dança
rodopio
no canto e som do cavaquinho afinado
e cheio do amor místico
sou assim sem alento,
e perdida na paixão,
feito flor do campo á desabrochar
feito lírio exalando perfume ao beija-flor
catando néctar
sou assim feito passarinho
que bica a plantinha úmida
sou canto
desfolhados no vento
murmuro "toada e moda sertaneja"
sou braços estendidos catando mendigos
fazendo poemas
sem alento...
canto velhas cantigas de ninar
sou poemas despetalados
feito em orações na solidão de um coração
sou assim mística
danço
percorro estradas,
querendo desvendar mistérios
das mãos alheias e aflitas
lendo a sorte
resgatando oração
virando montanhas
iluminando noites desertas
abrindo estradas
desfolhando acenos de mãos
fazendo despedidas
promovendo encontros
amenizando almas
domando feras
secando lágrimas e colhendo frutos
sou assim sem luxo
cheia de cores, fortes e transparentes
das saias longas arrastadas ao chão nu
em lenços que despacha acenos...
vou pousar
assim num terreno distante
catando almas
invadindo flores vermelhas,
fazendo diademas na cabeça cigana
viajando...mudanças...aprendiz!
e nessas mudanças constantes,
eu sou o colorido da roupas,
os trotes dos cavalos assanhados...
Sou cheia de vida,
entre tachos de puro ouro.
sou assim
leve e solta
como a alma
viajando...mudanças...aprendiz!
e nessas mudanças constantes,
eu sou o colorido da roupas,
os trotes dos cavalos assanhados...
Sou cheia de vida, entre tachos de puro ouro.
sou assim
leve e solta
como a alma nômade,
que necessita de estrada, sol e cor!

NOITE FRESCA

noite tarde, tarde noite,
Em transe de açoite
Naquele apartamento,
Eu te amei em tormento

Teus seios sob blusa carmesim
Pontuados me diziam sim;
Tua boca ávida, seca de prazer
Engoliu-me a ponto de jazer

Tuas gostos as coxas quentes
Enlaçavam-me em fremente
Amarras do trepar,
Já na iminência de gozar...

Arranquei tua calcinhas, quina
Senti a delícia de tua castanhinha
Quando em freneis meu falo
Adentrou tuas entranhas em calo

Renasci e acalmei o teu desejo,
Que mesmo agora ainda vejo
E sinto o ardor, o sugar, o morder,, o beijar, o penetrar...

FERA






FERA


É um ser racional uma loba ávida de caça
que abomina a quem loba não se mostra
Unida aos grupos ferozes, e algum, por ventura não aposta
em que matilha ficará coesa


Quando se mostra mansa e serena
É porque esta de suas ganas saciada
É cobra destilando veneno
que picará em quem ousar desacatá-la



Para lutar e defender-se
de tais feras insaciáveis, ela, demonstra seus ataques
na rispidez que alma aprendeu
no abate de sua vida
já não abatendo os ataques saciastes


Eis aqui solúvel discreta na defesa
E soberana no abate das ganas
Eis Vivente! Eis Lutando... E Guerreando.

15-08-08
BÁRBARA

Desejo























Quero buscar dentro de ti
Essa fome de posse
Levá-lo ao prazer pelo caminho
Dos contornos de cada pedaço
De tuas carnes alvoradas.
Quero deslizar pela fonte de tua boca
E beber as águas volúveis que sacia essa fome

E afogar o desejo, indo encontrar o gozo que jorrou
A confundir o delírio de nos dois.
Quero penetrar sem piedade no teu corpo
E alcançar o uivo de lobo que de manso
Perfura êxtases e se achega sobre minhas ancas
Afogadas no teu suor e vem teu arfar de macho

Ressoando o eco pelo quarto
Como o uivo atravessando a mata virgem
Na noite sem luar.
Quero buscar-te, todas as noites,
Quero possuir-te quente,
Deslizante indo e vindo de ti
Pra dentro de nos
A procura do cansaço que nunca vem...
Quero possuir-te em cada gota volúvel
Que escorrega de teus poros

E de tua boca envolvente
E ouvir-te, sempre, o teu uivo
E teu possuir de macho.
Bárbara


















MOÇO
Vêm depositar no meu colo fêmeo,
tuas ânsias de moço perverso,
que debulha do íntimo as cascatas volúveis
de teu ego macho submisso à fêmea que te seduz
e te consome na voracidade
entre lençóis amarrotados e húmidos
do gozo misturando no suor e lágrima do prazer mútuo.
Moço Cali ente, saliente e perversamente exótico,
sendo menino, violeiro, cantador, porém,
conduz na canção á atrocidade de valente, imponente, dominador,
sendo caçado pelo cheiro e gosto do macho no cio,
e na volúpia encarnação de fogosa mulher á debochar,
saliente de tuas carnes que não segue teu comando
e domínio raciocinado e cresce no desejo de possuí-la covarde mente
como lobo no cio humedecido no tempo de espera e ataque.
Moço Calei ente, de viola na Mão, paixão no coração cantador,
explode de fúria no êxtase de momentos enfurecidos onde a carne perversa
comanda o cérebro e jorra cascatas grossas sobre a fêmea trepida
à longa sensação de espera deitada na esteira de ta boa em meio á canções do violeiro cantador de boémias,
sussurrando pelos poros o gosto e desejo de debochar da mulher
e deitar nas carnes fêmeas todo o prazer cobiçado.
Moço cantador, no silencio e mistério, de musicas e poemas,
entre dunas e cascatas do mar e florestas, cativas sem saber,
a loba que o possui no Íntimo nas fogosas noites de verão,
dominando ao céu do prazer mutuo,
jamais vivido entre as carnes da fêmea sedutora,
possuindo-o todas as horas na solidão do seu quarto
suavizado pelas ondas do mar, no uivo do lobo,
enquanto o violeiro cantador, andarilho de colchões
e coxas grossas de mulher perversas e dominadas pelo prazer secreto e místico!
Moço Calei ente
saído do sonho, arrancado da entranhas da terra encantada,
onde só nasce e arranca os grandes sonhadores: cantadores e poetas!


Com muito carinho e respeito ao amigo e colega de trabalho: Dr. Ary Peçanha

QUERO


Quero tua boca grande,
carnuda que consome minha boca e
Minhas carnes,
Eleva-me ao céu do prazer multiplicado.
E ao tocar minha boca humedece no êxtase,
Boca selvagem que desliza pela pele eriçada
Induzindo a fêmea cantar palavras desvairadas.
Entre ruivos de loba,
A boca máscula percorre os caminhos efémeros,
E são trocas de bocas fogosas,
Extintas nas carnes selvagens que te possui.
São extintos que só animais ferozes
Possuem a´esses gostos e sabores
De macho no cio entranhando na carne tenra
Á exalar pelos poros na entrega volúpia de amar.
Teu possuir bravo,
Feroz que vem acalentar minha alma
Jorrando o gozo do prazer, jamais esquecido.
São misturas de gostos, são mãos atrevidas e bocas devassas...
Posse!
O gosto de nos dois
O sabor do intimo humedecido,
Buscamos nas bocas,
Esse sabor de fêmea no cio
E faz enlouquecer, E querer,Querer-te!
Descobrindo tuas carnes volúpia
Sedento a possuir, talvez, outra fêmea.
Galopes selvagens
Pelos pastos de nos mesmos, na natureza real.
O homem que se faz menino para amar e sonhar.
Somos essa posse brusca.
Instintos que jorramos ,
Sem piedade, e sem pecados.
No tempo que inventamos entre idas e vindas,
Somos animais no cio que se caçam e dominam no jorro húmido.
A paixão selvagem
Com gosto de querer mais!
Madrugada / Marataizes

Heis-me aqui !


Eu, poetisa, vadia, amante
da vida infundida de razoes abstractas
fugindo entre bares e amores clandestinos,
bebendo pelas taças do destino
sem alento, sem fé e sem um ponto de chegada


Eu, poetisa,
marcada á correr vãos e estradas vadias
Herdeira da traição e fruto do dissabores
criança sem infância
perdida no rumo da intolerância a sentir frios
e voar pelo sonho de gritar ser ouvida pelo ceú
dos futuros pensadores e crescer no ventre
da sociedade enfartada de almas errantes


Eu, sem sentido, sem nexo
Poetizando amores e soluções
Descobrindo o ego que fere a fera amaldiçoada
Navalha que corta os sonhos dos injustos
Acalentados pelo mísero sossego dos poderes

Eu, vagante, vadia e perdida
sentindo na pele a dor da fome do menino que agoniza o pão social
Nos olhos vermelhos o choro dos meus choros de perdição
de amores mal resolvidos
revoltas de amantes mal atracados

Eu, poetisa
amante infiel,
devasso-proscrita
Na vida
Sedutora,
Eu, apenas eu,
Implorando o perdão...

Bárbara





NOITE DE SOLIDÃO








Na noite fria, o vento assobia
as luzes apagadas O cheiro de cachaça Um gosto qualquer na boca de alguém O cheiro da hipocrisia Um cigarro acendido O som provocante Mendigos vagando pela calçadas Meninas vendidas Com batom mal acabado Na boca implorando o vicio pagar O garçom traz uma bandeja mal lavada Vendendo bebidas ardentes Aquecendo o frio Com bebidas baratas maldizendo palavras de prostituição O homem bêbado soluça uma lágrima De saudade e dor Da mulher perdida na vadiagem O cão rosna um latido triste Feito moribundo que perdeu o rumo E eu colo a boca no copo fedido de pinga amarga E choro ali a mágoa da solidão E penso no coração como As pessoas são vazias e sozinhas Nesta noite fria de inverno Na cidadezinha praiana...

O HOMEM













Esse homem vadia

Dança
Penetra
Invade noite adentro
No cio
Sobre camas
Em perfumes de mulheres
Esse homem é solto
Nos bordéis
Entre cheiros e fumaças
Caça
Carnes volúveis
Descobre prazeres
Invade quartos fedidos
Rir debochado
Das ancas fêmeas expostas
Dos gozos insaciáveis
Das fêmeas vadias.

Esse homem bêbado
Procura vadiagem
Dança
Penetra...
E volta sempre
Nas manhas mal dormidas
E pousa o corpo cansado na única fêmea amada
Adormecida, extasiada, alheia...
Suspira feito choro
Imaginando que o amor veio
Resgatá-la do sofrer;
Suspira e sonha feito anjo
Enquanto esse homem amarga e soluça
Na certeza de que a mulher amada
Estende os braços e o cio ao sonho de outro macho

Esse homem
Como tanto outro
Sabe que aquele sorriso adormecido, a boca carnuda
e o sonho não lhe pertence.

Barbara Perez

cheiro

















Não sinto teu cheiro de macho
Cheiro de beijo molhado, de ânsia e de querência
Teu cheiro insano que me fazia perder a lucidez
Teu cheiro inteiro de bordel e de lençóis de motéis


Não tenho teu cheiro de homem-vadio
Em lençóis, travesseiros e vadiares
Teu cheiro gostoso de posse e de moleque em cio
Cheiro de gozo, de amor-selvagem de treparem
e de jorro-grosso caído do cio nas ancas do meu querer


Distante á ti, hoje sinto um cheiro de dúvidas,
Em teus suspiros um cheiro de desssamor
e o cheiro da ausência na tua voz tremula


Derrenpente vem na brisa
o cheiro da lágrima, junto a saudade do beijo saliente
Nas distancias dos corpos, na ausência da querência
O que há de existir senão o cheiro da mudanças
Que ocorreu entre nos?

Mudamos nos?
ou as mudanças de cheiros?

Sinto o cheiro da dor e do adeus
No dia que finda sempre cheirando a duvida
Do teu corpo que não volta mais.

Bárbara


CHARADA


Charada
Que me dá no cio
Quando em gotas grossas
Que me descompassa
A alma cigana e poetisa?
Que me invade a entranha
Por tal deboche de homem viril
Que me faz poetizar?


Que me vem ao olhar traiçoeiro
Quando o olhar te acompanha
Olho no olho
Que o corpo padece
Corpo-a-corpo
de tanto desejo
E de tanto querer?

Que me faz estremecer
Num açude de cio
Numa querência maior?


Que se há de fazer
Que me fuça toda
Que se queima em mim
com tanto prazer?
Porque este sofrer
tal castigo de minha alma devota
Porque padecer me dúvidas e lamentos,
Se te chamas, enfim
simplesmente paixão?

endereçada á Isaque Martins

Barbara

GRITO


Quero gritar
Quero acreditar
Quero vivências
Quero rir debochada do
Sorriso que incomoda
E depois dançar pela fresta da lua vigilante
Quero gritar
Que perdi tudo ou quase tudo
No devaneio do teu amor
De crer que você existia
Dentro dos meus passos mal dados
Mal caminhados e querendo te encontrar
Quero disser que minha alma sangrava
No delírio de possuir á você
Que pude ver o céu de todos os estados
No teu braço másculo
Olhar todos os horizontes
Nos teus olhos fugitivos
Saborear todos os desejos e comidas
Comer todos os gozos
E todos os pratos
Mas posso gritar que pude afundar
Nas dores mais covardes
Dessa solidão ingrata
que maltrata ao perceber que você
Crescia nos seus passos traçados
em caminhos certos, sem tropeço
Colhendo frutos e amores
Quero gritar que conheci o inferno
nas noites traiçoeiras
Sem alento, sem aconchego
O grito dos desvalidos de paz espiritual
Buscando sossego em qualquer igreja,
Alento em qualquer braço,
Mergulhando em qualquer açude
Que desse sossego a esse desespero
Que apenas uma fêmea no cio saberá entender,
Esse cio que a terra virgem colherá
Na morte total da carne
Cansada de viver o dilúvio
Da própria lágrima e dor
A dor covarde da paixão!
endereçada á Isaque Martins

Bárbara

NUDEZ
















MINHA NUDEZ É DE ALMA
QUE IMPLORA AO CORPO
REVESTIDO DE JURAS SECRETAS
A VESTIMENTA PRA COBRI-LA
NA DECÊNCIA DA PERSISTÊNCIA...
OUÇO O SOLUÇO DA ALMA
É UM CHORO DE ANJO
NA PLENITUDE DA NASCÊNCIA
NUM CORPO CHEIO DE ERROS E DEFEITOS
NUM CORAÇÃO AMANTE
É FIEL Á PAIXÃO DO HOMEM AUSENTE
ESSE HOMEM DE LONGE
SABOREIA SUAS LÁGRIMAS
NUM CÁLICE BORBULHANTE
NAS NOITES INFIÉIS, E INDECENTES
DE HOMEM Á DERIVA DE SUAS CAÇAS FÊMEAS
ATRACADO NUM PORTO SOLIDÃO,
MAS FIEL AO MACHISMO...
ESSE HOMEM SENTE A ALMA MINHA,
DESPIDA...
DESPIDA PELA LOUCURA
QUE COBRE AS CARNES AFOITAS
NUM DELIRO DESENFREADO
DE AMANTES ALHEIOS
A SENTIMENTOS CESSADOS DE BEIJOS
E BOCAS MANCHADOS DE BATOM.


MINHA NUDEZ É REFLECTIDA
NO OLHAR DISTANTE
PERDIDO NA IMENSIDÃO DESSE VAZIO
QUE SEU CORPO DEIXOU
NAS MARCAS DA CARNE ENVELHECIDA
PELA SAUDADE DE TEU QUERER MACHO,
QUE NÃO VEM NA CAMA CHEIRANDO A CIO E SOLIDÃO;
DO CORPO ESTENDIDO IMÓVEL PERPLEXO,
NA SUA AUSÊNCIA, MACHUCAR A ALMA
E TODA CONJUNTURA CORPORA...


MINHA NUDEZ É VISÍVEL
DOS AMANTES QUE IMPLORA AMOR
DAS FÊMEAS QUE SOLUÇA UMA VOLTA IMPOSSÍVEL
DOS AMORES MAL RESOLVIDOS
DAS DORES MAL CURADAS
DAS LÁGRIMAS ENSOPANDO A BLUSA DE CETIM
DOS LENÇÓIS AMASSADOS
E CHEIOS DE CIO E SUOR
MINHA NUDEZ É VISÍVEL
ÁS GRANDES MULHERES
QUE SOUBE A DISTANCIA E A DOR
QUE EXISTE ENTRE O TEMPO
A PAIXÃO É A RENUNCIA.

MINHA NUDEZ É DESPIDA NA ALMA,
PELA DOR E RENÚNCIA.

BÁRBARA PEREZ


Seguidores