domingo, 26 de outubro de 2008

HOMEM



HOMEM

aliso os cabelos rebeldes
do homem

toco o peito nu,
assim escondido debaixo do pano
protegendo esse ninho sexo
forrado e sombrio...
ah!! esses botoês...
devasso tudo,
então meus olhos famintos
ficam vivos e alteram a cor
antes afago pensava ser domínio,
e prazer ser prostituição
e essas aqui são minhas mâos,
tocam-no
e são essas as suas firmes e seguras
porém minhas mâos
buscam impor ,
desnorteadas
todo conhecimento do jorro viril
do seu íntimo o gosto perfumado
que retém
nossas línguas afoitas
é engano insano
é não despeito

seus olhos chispastes
podem retalhar minha pele bárbara
e forçar toda lei do prazer insano.
e você vadia pelas águas nocturnas,
gato esperto no piar da coruja,

foges como a lua fac eira
porém o meu e o nosso sono profundo
altera seus sentimentos de homem

e devo obediência á meu homem
obediência supera insensatez
nudez escondida
altera nossas emoções.
vamos comandar nosso duplo
renascer
renascer!
o mesmo homem insano
sustenta meu corpo, outra vez...
poemas sem nexos

sentimento sem existir
pois sentir é consentir
o amar e desarmar;
trocar carícias e olhares
corpo estúpido , afoito e renascer...
senti e escrevi
ouvi e vivi
cada cena em cada trecho
descompassado e
escrevi
em referência
a minha consciência
em adultério á um homem...
" a verdade que assombra
o descanso que condena
a estupidez que detrói
o adultério que comove
eu vejo tudo, tudo que se foi
e não mais existe"

á natureza e o homem!
condenados pela própria DESTRUIÇÃO
BÁRBARA PEREZ

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