sábado, 25 de outubro de 2008

cheiro

















Não sinto teu cheiro de macho
Cheiro de beijo molhado, de ânsia e de querência
Teu cheiro insano que me fazia perder a lucidez
Teu cheiro inteiro de bordel e de lençóis de motéis


Não tenho teu cheiro de homem-vadio
Em lençóis, travesseiros e vadiares
Teu cheiro gostoso de posse e de moleque em cio
Cheiro de gozo, de amor-selvagem de treparem
e de jorro-grosso caído do cio nas ancas do meu querer


Distante á ti, hoje sinto um cheiro de dúvidas,
Em teus suspiros um cheiro de desssamor
e o cheiro da ausência na tua voz tremula


Derrenpente vem na brisa
o cheiro da lágrima, junto a saudade do beijo saliente
Nas distancias dos corpos, na ausência da querência
O que há de existir senão o cheiro da mudanças
Que ocorreu entre nos?

Mudamos nos?
ou as mudanças de cheiros?

Sinto o cheiro da dor e do adeus
No dia que finda sempre cheirando a duvida
Do teu corpo que não volta mais.

Bárbara


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