quinta-feira, 6 de novembro de 2008

GOSTO DE TUDO!


GOSTO DE TUDO!
Por si só, como comida
Não sugere seu sabor.
Para mim que desfruto
de sua forma, sua cor
e com mão saliente
sinto a polpa aveluda
não penso no gosto diante
da penugem de tons rosa
De repente, perplexo
vejo um ventre de mulher
sua vulva, o morno sexo
que está a se oferecer
O pêlo da pele beijo
mordo a carne suculenta
se me acende um desejo
que não se sacia
A fome da minha língua
agora está saciada
a do desejo não míngua
tem que ser adiada

Bárbara Perez

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