sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O tempo


O tempo= Bárbara Pérez

Meus olhos tocam na profundidade
Do meu eu...
Vejo-me perplexa, abatida, sem asas, sem voo...
Sinto um calafrio na espinha que rompe
E consome os meus dias indo embora
Feito águas desaguando, pequenas e perdidas, no oceano
Resta-me o som do violino
Tocando lá longe
Pelo menino aprendiz
Ouço as notas tristes
Uma lágrima cortante desce rolando ate a alma
E vejo-me só, abatida, sinto a embriaguez do tempo
Domar minha linda juventude
A qual persistida de amores clandestinos
Acudia da solidão e me fazia rir...
Meus olhos agora
Tocam no abismo
Dentro de mim
Vejo-me pequena, perdida
Mas a nota do violino anuncia
Que ainda existe vida... Ainda existe cor e lágrima
O prelúdio de um novo amanhecer...

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