domingo, 28 de dezembro de 2008

Apelos


Teus Dedos em Mim
Desse profano escorrer de cios
mergulhas os dedos cruéis
em fantasias de Priapo
Gemidos ecoam no ar
Na pele a gotejar
de salgados e calafrios...
Parecem mares em desvarios
Quebram sem tino
encontram-se em ninhos
E, dos pêlos, ainda molhados,
voam-se gritos embaralhados e
Prazeres infindos
de teus dedos a me tocarem...

domingo, 9 de novembro de 2008

AÇUDE


AÇUDE== Bárbara PÉREZ



DESSAS ÁGUAS FRESCAS BEBEREI
NO POTE DE TUA BOCA
DOCE MERGULHO NOS
TEUS LÁBIOS HÚMIDOS ÁGUAS VOLÚVEIS;
ÁGUAS DOCES SUGAREI,
COLHENDO TEUS LÁBIOS CARNUDOS
MOLHANDO DE MELAÇO
O REGAÇO DE MINHA"ALMA.


SENTIR-TE-EIS MOLHADO,
DEVASSO E PROFANO,
ASSIM MERGULHADO

NA ÁGUA VIRGINAL
E GOZAR DE SABOR NAS ÁGUAS CRISTALINAS
MOLHANDO TODO O MEU ALVOROÇO,
E SEREMOS DENTRO DA NOITE
UM SÓ AÇUDE DÀGUAS VIRGINAIS
ATÉ ROMPER O VEÚ LÚBRICO
A ENTRADA DO AMOR.


EXTRAÍDO DO LIVRO: "MULHER" EDIÇÃO 2003

sábado, 8 de novembro de 2008


A posse==Bárbara Perez

Quero suas ancas encaixadas me mim
Segurando meu galope selvagem
Quero que me faça sentir sua.
Quero me afogar no seu cio humedecido.
Perder-me nessas águas dóceis
Que deslizam acalentes
Sentir a excitação de sua boca
Engolindo minha boca
Envolver-me toda na tua carne afoita
Subir tua boca feroz engolindo
Minha pele amolecida de prazer
Sentir sua cavalgada no seu galope.
Quero ouvir
Sua respiração ofegante
Seu suor morno dominando meus pelos
Seu cheiro macho em meu corpo
A me excitar
Sentir seu orgasmo
Acelerando o meu.
Quero seu corpo dormente
Penetrado em mim
despejando suor e seixal
No meu prazer editado por ti
Toda noite é eterna
Quando tomo posse de ti
E sinto teu corpo cansado e acalmado
Quando estamos desvairados...
Quando estamos excitados

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

FAZ AMOR


FAZ AMOR== Bárbara Perez

Faz amor comigo
Não importa aonde seja
O que prevalece é o desejo
Que em furor ira fluir
Vem para perto sem aviso
Toma-me de surpresa
Sedenta espera por ti
Devora-me e me deseja
Aguça em mim os sentidos
Toma-me de forma Calei ente
Remexe os meus cabelos
Despindo me joga na cama
Em volúpia me faz delirar
Como se eu fosse a primeira
Sem temer me desvenda
Entrega-se de vez aos carinhos
FaçA sentir que sou sua
Degenera aflora a sensualidade
Torna uma noite de amor
Em uma vida eterna.

O tempo


O tempo= Bárbara Pérez

Meus olhos tocam na profundidade
Do meu eu...
Vejo-me perplexa, abatida, sem asas, sem voo...
Sinto um calafrio na espinha que rompe
E consome os meus dias indo embora
Feito águas desaguando, pequenas e perdidas, no oceano
Resta-me o som do violino
Tocando lá longe
Pelo menino aprendiz
Ouço as notas tristes
Uma lágrima cortante desce rolando ate a alma
E vejo-me só, abatida, sinto a embriaguez do tempo
Domar minha linda juventude
A qual persistida de amores clandestinos
Acudia da solidão e me fazia rir...
Meus olhos agora
Tocam no abismo
Dentro de mim
Vejo-me pequena, perdida
Mas a nota do violino anuncia
Que ainda existe vida... Ainda existe cor e lágrima
O prelúdio de um novo amanhecer...

Dever


Doloroso dever= Bárbara Perez

Anuncia por favor
Que tal dia numa derradeira hora
Eu morri...
Que ninguém mais vai me falar
Nem ao menos me ouvir.
Nada de choros, risos
Não quero lamentos,nem questionarão

Avise os amigos mais chegados
Aos parentes queridos
Mas por favor
Coloque um aviso bem diferente
Aos companheiros de poesias e provas
As amigas intimas, e parceiras de vinhos
-- mas fale de forma justa:
“A poetisa morreu.”

Digas que não houve causas mortes
Nenhum diagnostico técnico foi feito
Portanto ser natural, sem dramatizar...

Não quero choros, nem risos
Apenas muitas cores e batons coloridos
Na minha boca que requer um símbolo
Diferente, que disfarce qualquer tristeza

A todos que perguntarem a causa
Disfarce...ou ria
Que apenas não sabe ao certo

Se, no entanto, ao todo for impossível
De forma bem discreta
Digas que morri de amor
... que estou morta de paixão
Assim morre os poetas.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sabor

SABOR= Bárbara Perez

GOSTO DE TUDO!
Por si só, como comida
Não sugere seu sabor.
Para mim que desfruto
de sua forma, sua cor
e com mão saliente
sinto a polpa aveluda
não penso no gosto diante
da penugem de tons rosa
De repente, perplexo
vejo um ventre de mulher
sua vulva, o morno sexo
que está a se oferecer
O pêlo da pele beijo
mordo a carne suculenta
se me acende um desejo
que não se sacia
A fome da minha língua
agora está saciada
Saboreio seus pêlos eriçados
A fruta que desgutada
suaviza o desejo devoto e
a do desejo não míngua
tem que ser adiada

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