quinta-feira, 6 de novembro de 2008

RAÇA


RAÇA


Somos descendentes do espaço cósmico.

Origem fecunda da entranha
Do encontro do raio com o trovão
E a fertilização vem da semente caída
Na gota de chuva quente de verão,
E penetra no orgasmo nas noites de lua cheia
E dá-se o processo, quando a terra treme
Pelo trovão e o clarão do raio fulminante,
Aí germina a fecundação da menina mulher
Que tem o poder de domar
O paraíso afoito e inclinar com fervor a humanidade.
De dentro do útero,
Lua cheia, ela se forma:
Membros, carnes, coração e alma,
Com tanto poder de inspiração, mesmo de dentro
Do aconchego maternal...
Sente o cheiro das diversas flores,
O gosto dos frutos apetitosos,
Vence a fúria do mar bravo,
Senti na entranhas o gosto e sabor de fêmea
Produzido nas núpcias de todas as noites
Quando chega ao gozo fantástico,
Senti o cheiro macho
Quando este aos uivos de cão no cio
Devaneia-se no orgasmo delicioso
Rega a sua fêmea como flor pálida
E carente de chuva de líquidos preciosos
Formados pelo organismo do homem.
Ali dentro do útero-lua cheia,
Ela sente a perspicácia
De que tem o poder de domar as feras planetárias
E de possuir todas as belezas deste paraíso,
Vencendo fúrias da sobrevivência no seu habitar,
Que ousamos á crer ser a passagem para a evolução humana.
Ela de dentro do útero mãe lua cheia
Na tempestade de verão germinando no organismo mulher
Convicta de todas as derrotas, de traições, de falsidades
E hipocrisias e vê do aconchego quente protegido pelo liquido Amniótico que e nada mais que são partículas vivas,
Do estouro de trovão e raio penetrado
Na entranhas do organismo fêmeo:
Vê todas as possibilidades de lutar
Contra todo esse processo de derrotas
E vencer o paraíso; que lhe foi concedido.
E no momento que rompe esse útero lua cheia
E derrama todos os líquidos preciosos na natureza
A terra e mãe superior e vem no estrondo do trovão e raios,
O choro da fera e raça
A mão afável caricia a outra mulher guerreira,
Guerreira no paraíso.
Que, não e tão paraíso, mas afronta com malícia e amor a luta perspicaz de ser gente, de ser humana, de ser fera!
De ser uma grande mulher!
De ser uma raça fecunda, desde planeta expiatório.

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