sábado, 25 de outubro de 2008

CHARADA


Charada
Que me dá no cio
Quando em gotas grossas
Que me descompassa
A alma cigana e poetisa?
Que me invade a entranha
Por tal deboche de homem viril
Que me faz poetizar?


Que me vem ao olhar traiçoeiro
Quando o olhar te acompanha
Olho no olho
Que o corpo padece
Corpo-a-corpo
de tanto desejo
E de tanto querer?

Que me faz estremecer
Num açude de cio
Numa querência maior?


Que se há de fazer
Que me fuça toda
Que se queima em mim
com tanto prazer?
Porque este sofrer
tal castigo de minha alma devota
Porque padecer me dúvidas e lamentos,
Se te chamas, enfim
simplesmente paixão?

endereçada á Isaque Martins

Barbara

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